Rolândia bate recorde na atração de investimentos industriais com a geração de 5 mil novos empregos

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São mais de R$ 4 bilhões em novos investimentos com destaque para a expansão da JBS/Seara, da Lar Cooperativa, do Pastifício Selmi, do Plásticos Dallon, da Rico Log Logística e da Fortaleza Coffee; Rolândia atravessou o período crítico da pandemia com crescimento robusto do seu parque industrial.

Quando a tradicional Corol entrou em insolvência em 2010 (e a Cocamar assumiu parte dos entrepostos), depois de mais de 45 anos liderando o cooperativismo agrícola no Norte e Norte Pioneiro, atuando em 32 municípios com quase 8 mil associados, parecia que o setor agroindustrial entraria numa fase de retração em Rolândia. Afinal, além do destaque no recebimento de grãos, a Corol também possuía usina de açúcar e álcool, torrefadora de café, indústrias de suco de laranja e de uva, fábrica de rações e também um moderno moinho de trigo, além da grande geração de empregos sobretudo no período da safra. Treze anos depois do baque pela perda da Corol que deixou marcas profundas na economia do município e grandes incertezas para os seus milhares de cooperados, Rolândia comemora uma grande reviravolta no setor industrial, com recorde na geração de 5 mil empregos e na atração de mais de R$ 4 bilhões em novos investimentos. Mesmo com apoio da agência local do Sine, as empresas precisam atrair colaboradores de outros municípios para surprir essa grande demanda de vagas.

Os números acima foram repassados pelo Secretário do Desenvolvimento Econômico, Horário Negrão, e compreende o período dos últimos três anos, coincidindo com o início do mandato do prefeito Ailton Maistro, ele que também é empresário e que sempre esteve ligado a Associação Comercial e Industrial de Rolândia, inclusive na condição de ex-presidente dessa entidade. Horácio destaca que nesse período Rolândia recebeu investimentos robustos, sendo R$ 2 bilhões da JBS/Seara na mais moderna planta do grupo na produção de empanados e salsichas, R$ 1 bilhão da Lar Cooperativa (incluindo valor de compra da Granjeiro Alimentos Ltda, ampliação da indústria frigorífica, da fábrica de rações, da cerealista e estação de tratamento e reaproveitamento de água), R$ 600 milhões da Pastifício Selmi (construção e instalação de equipamentos no moinho de trigo, R$ 500 milhões da Plásticos Dallon (que comprou uma empresa em São Paulo e transferiu para Rolândia, além de renovar o parque fabril), R$ 400 milhões da Rico Log Logística (expansão de armazenamento) e R# 200 milhões da Fortaleza Coffee (implantação de armazém e classificação de café).

JBS/Seara, grande destaque
A JBS, segunda maior empresa de alimentos e maior produtora de proteína do mundo, anunciou à época que a expectativa era criar cerca de 2,6 mil novos empregos diretos na nova fábrica de alimentos preparados de Rolândia, além da modernização e expansão da atual unidade de aves que já estava em operação. A unidade de Rolândia já empregava 3,7 mil colaboradores diretos, além da parceria com mais de 390 integrados. A empresa já possui operações em 14 municípios do Paraná, incluindo unidades produtivas, centros de distribuição, incubatórios e fábricas de ração. A empresa emprega mais de 14 mil pessoas no estado e conta com uma rede de mais de 2 mil produtores integrados, que fornecem matéria-prima para a empresa e movimentam economicamente as regiões do entorno de suas fábricas.

O grande investimento do grupo em Rolândia ganhou destaque nacional. De acordo com Gabriela Pontin, diretora-executiva de negócios de Alimentos Preparados da Seara, este é o maior lançamento da história da empresa – veja, ela está falando de um grupo que está presente em 15 países por meio de uma plataforma global de produção e distribuição, com mais de 400 unidades de produção e escritórios em cinco continentes – Américas, Ásia, Europa, África e Oceania –, que atendem mais de 275 mil clientes em 190 nações ao redor do mundo. Esse grande investimento na planta de Rolândia se justifica porque a Seara acredita que o consumo de empanados tem um amplo potencial de crescimento no Brasil, já que representa apenas 33% do mercado, enquanto nos Estados Unidos é de 54% e no Reino Unido é de 66%.

2014, o ano da virada

Se 2010 ficou marcado como ano em que Rolândia perdeu a Corol, a sua então tradicional cooperativa agropecuária, quatro anos depois o grupo JBS Foods adquiriu, por R$ 430 milhões, a BIG Frango. O negócio era tão grande que precisou da aprovação do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica -, pois a Big Frango, com 49 anos de existência abatia à época 460 mil aves em duas unidades habilitadas para exportar para os principais mercados e com faturamento anual de R$ 1 bilhão. Por reconhecer as grandes potencialidades do município, a JBS/Seara então realizou esse grande investimento, consolidando o potencial agroindustrial de Rolândia.

Merece destaque também a chegada da Lar Cooperativa em Rolândia, ela que tem sua sede em Medianeira, no Oeste do Paraná, em 2020 anunciou o arrendamento do complexo industrial Granjeiro, uma planta para abate de 175 mil aves/dia, uma indústria de rações e uma unidade de recepção de grãos, 1.700 colaboradores e 300 aviários integrados. A exemplo da JBS, a Lar também tem investido pesado em sua unidade de Rolândia. Se depender do apoio da Prefeitura, a industrialização continuará avançando em Rolândia. O Secretário Horário Negrão informa que o município possui duas áreas de aproximadamente 5 alqueires destinados a novos projetos industriais.

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